Da serena coerência de quem cumpre.

21-08-2023

Da serena coerência de quem cumpre.

Tomemos como ponto de partida a emissão nº 22 do "Tunices", há dois anos, na timeline a 1.22.29 - https://www.youtube.com/live/t-8uRz_eWi8?feature=share



Nessa então emissão "invertida", em plena pandemia - assim apelidada pelo facto dos normais entrevistadores terem sido, dessa vez, entrevistados - e sobre o PortugalTunas, a dado momento, é abordado o famoso Jantar do PortugalTunas, que passou, ao longo destes 20 anos, por várias cidades deste país.

 

Começou em Lisboa, passando por Tomar, Porto, Viseu, Matosinhos, Figueira da Foz, Leiria, Castelo Branco, Coimbra, tendo tido a última edição na Guarda, em 2016, não se realizando mais daí em diante, por motivos vários. A pandemia apenas veio subsidiar essa ausência, que a tal emissão do "Tunices" veio despertar novamente.

 

Na emissão supracitada lançou-se a ideia de recuperar o evento, e em Braga no caso.

 

Cumprimos.  



No passado sábado reuniram-se, na cidade dos Arcebispos, cerca de 70 Tunos oriundos de várias tunas nacionais, vindas de norte a sul, num momento PortugalTunas, agora com uma dose de retoma, que veio pincelar de forma indelével, a essência do PortugalTunas hoje. E essa é uma das nossas marcas de água desde há 20 anos, conforme ficou comprovado na tarde e noite de sábado passado.

Seria expectável, não havendo o hábito há 7 anos, que fosse uma retoma tímida, a meio gás, a passo lento: Ora, não foi o sucedido, pelo oposto. Mais do que narrar ao minuto fica o experienciar, de toda uma nova geração, de algo que teve o seu tempo e que, agora, retorna em força.

 

O descomprometimento, à vontade, a normal naturalidade entre Tunos que se vêm e revêem neste momento em concreto é, mais do que tudo, atestado de vida quer do portal, quer do fenómeno tuneril nacional no seu mais simples denominador comum, longe da competição e confortada pela amizade.

 

Além do sucesso, que não se resume ao número de presentes - também ele significativo dado o contexto acima narrado, superando até jantares anteriores - mas essencialmente ao ambiente pretendido, único por especifico, há a referenciar o objectivo de sempre, mais uma vez cumprido: O encontro pelo encontro, sem mais delongas e contextos.


Cumprimos.



Em tempos estranhos, onde o certo passa como errado, a treta como verdade e o incumprimento, até da palavra, como currículo - e vimos na pandemia promessas de dimensão hercúlea que são, como expectável, palavras vãs sem consequência, para lá do ridículo em si mesmo - cumprir começa a ser algo valioso por inusitado. No fundo, a diferença entre prometer e cumprir resume-se a carácter - ou falta dele.


No que nos diz respeito, mais uma etapa na retoma. Mais virão, conforme dito a seu tempo, em obras que, até, não passam apenas pela vontade do PortugalTunas - caso do ENT, p.ex. Mas estamos em campo, atentos, preparando o futuro próximo, caminhando serenamente na senda da credibilidade do fenómeno, desbravando as dificuldades com a resiliência que tanto nos caracteriza . E para tal ocorrer, começa sempre em casa tal desiderato. Cá está, o Jantar PortugalTunas. Esta etapa está cumprida. Para o ano há mais.

Sem alarido, sem parangonas, sem folclore. Com espírito de missão coletiva, sempre. É o nosso ADN. O que, afinal, nos trouxe a 20 anos de actividade ininterrupta. 

 

Palavras finais para os nossos José Pedro Rodrigues e Adriana Couto. É um privilégio poder ter nas nossas fileiras pessoas como vós, que não prometem mas fazem. Obrigado!

 


Continuaremos a cumprir.