XXIV Trovas: A Reportagem
21-10-2019
A bela sala do Theatro Circo, em Braga, serviu novamente de palco a mais uma
edição do Trovas, a XXIV, organizado pela Gatuna – Tuna Feminina Universitária do
Minho, e cujo tema foi a música portuguesa. No dia 18 foi a receção às tunas e
animação no Bar Académico de Braga.
No dia 19 foi o dia do festival. Durante a tarde do dia do festival, o tempo poderia ter dado uma melhor ajuda à animação de rua que marca o Trovas, dado que se fez sentir uma inconveniente chuvada. No entanto, a animação decorreu no bar A Toca, em Braga, com jogos tradicionais e com uma atuação da iPUM, grupo de percussão da Universidade do Minho.
No dia 19 foi o dia do festival. Durante a tarde do dia do festival, o tempo poderia ter dado uma melhor ajuda à animação de rua que marca o Trovas, dado que se fez sentir uma inconveniente chuvada. No entanto, a animação decorreu no bar A Toca, em Braga, com jogos tradicionais e com uma atuação da iPUM, grupo de percussão da Universidade do Minho.
A noite do festival abriu com uma atuação do Grupo de Música Popular da
Universidade do Minho, que apresentou várias peças de música tradicional portuguesa minhota e trasmontana. Já a apresentação do certame coube, como é tradição, aos Jogralhos. Um pormenor interessante desta edição do Trovas foi a atribuição a cada tuna a concurso de um género musical dentro da música portuguesa, a quem coube representá-lo nas suas atuações.
A primeira tuna a concurso foi a TFIST – Tuna Feminina do IST, a quem coube a
representação do género RAP. Esta tuna começou a sua atuação com uma
interpretação do tema “Lisboa Vadia”, seguido do seu instrumental “Morricone”, do
qual se destaca uma coreografia com as capas do traje. O tema de solista foi a “Canção de Alterne”, adaptação do tema de Rui Veloso, ao qual se seguiu o seu tema original “Saudade”, que contou com coreografias de pandeiretas e estandartes, destacando-se um momento de risada por parte do público com o voo de um sapato, momento irrelevante para a prestação da tuna mas digno de nota pelo inusitado da situação, não obstante.
A tuna seguinte foi a EcantaTuna – Tuna Académica Feminina da UBI, a quem
coube a representação do género Fado. Abriram uma prestação bastante segura com uma adaptação do tema “Maria do Mar”, original de Luísa Sobral, à qual se seguiu um medley de temas de Amália Rodrigues, intitulado “Relembrando Amália”. De seguida seguiu-se uma adaptação de “Once Upon a Time in Africa”, de Hans Zimmer, que foi o tema instrumental da tuna e do qual se destaca uma coreografia de pandeiretas bem executada. Seguiu-se o tema original “Feiticeira”, um belíssimo tema, que contou, para além da habitual coreografia de estandarte, com uma bela coreografia com musselines. Para terminar, seguiu-se o tema de solista, com uma fortíssima prestação por parte da solista, uma adaptação de “O Infante”, poema de Fernando Pessoa celebrizado por Dulce Pontes.
A encerrar a primeira parte foi a atuação da Tuna D’Elas – Tuna Feminina da
Universidade da Madeira, a quem coube a representação do género Pop. De início
apresentou-se com uma coreografia e uma interpretação vocal do tema “Perdoa”, dos Anjos. De início esta tuna fez antever uma sólida prestação com a interpretação do seu animadíssimo tema original “Boémia”, à qual se seguiu o tema de solista, “Sol
Nascente”. Como tema instrumental, a tuna apresentou uma adaptação de músicas de Offenbach, durante a qual se destacou uma brilhante coreografia por parte da porta-estandarte. Para terminar, a tuna madeirense apresentou o seu também animadíssimo original “Passa a Tuna”, destacando-se desta feita a prestação das três porta- estandartes, para além das coreografias de pandeiretas.
Após um interregno de 10 minutos, coube à Tuna Universitária do Minho a
abertura da segunda parte, enquanto tuna extra concurso. Vinculando-se
naturalmente ao tema, a TUM apresentou vários dos seus temas originais, de entre os quais vai o destaque da praxe para a sempre animadíssima “Boémia”.
A última tuna a concurso foi a Cientuna – Tuna Feminina de Ciências do Porto, a
quem coube a representação do género Rock. A tuna abriu a sua atuação com uma
interpretação do tema “Camisa Negra”, ao qual se seguiu o seu instrumental, um
medley de músicas da banda sonora de “Game of Thrones”, do qual se destacou a
coordenadíssima prestação das porta-estandartes. Seguiu-se o tema de solista, “Roda-viva”, uma estreia em palco por parte da tuna. Para terminar a sua atuação, a Cientuna apresentou mais dois temas originais, “Lembranças” e “Amigo Estudante”, este último destacando-se por se tratar de um tema muito bem concebido e interpretado.
Encerrando o certame foi a vez da tuna da casa. Desde logo a Gatuna
apresentou um pequeno prelúdio composto de “Ó minha amora madura”, de Zeca
Afonso, e de “É p’ra amanhã”, de António Variações. Seguiu-se um dos seus temas de solista, “Saudade do Fado”, do qual se destaca a sólida prestação da solista. Estreando um novo tema, a Gatuna apresentou um novo tema instrumental, “Pátio”, adaptação interessante de partes da trilha sonora do filme “A Gaiola Dourada”, da autoria de Rodrigo Leão, seguindo-se o movimentado tema “Naquela Mesa”, mais uma vez se destacando a prestação vocal da solista.
Após a entrega de prémios, o festival encerrou ao som da original “Braguesa”, um tema da tuna anfitriã que merece sempre destaque enquanto peça muito bem conseguida sobre a cidade de Braga.
Após a entrega de prémios, o festival encerrou ao som da original “Braguesa”, um tema da tuna anfitriã que merece sempre destaque enquanto peça muito bem conseguida sobre a cidade de Braga.
Os Prémios foram distribuídos da seguinte forma:
Prémio “Caracol” de Melhor Instrumental – Tuna D’Elas
Melhor Estandarte – Tuna D’Elas
Melhor Pandeireta – TFIST
Melhor Tema – TFIST
Melhor Solista – EncantaTuna
Melhor Original – Cientuna
Tuna Mais Tuna – EncantaTuna
Melhor Tuna – Tuna D’Elas
A festa continuou, como sempre, no Lustre, onde foi entregue o prémio de Tuna Mais
Tuna.
Gonçalo Martins de Matos