XXIV FITU Cidade do Porto

17-10-2010

XXIV FITU Cidade do Porto

Mais um ano e mais um FITU Cidade do Porto, naturalmente aguardado com a habitual expectativa que lhe é por todos reconhecida. 

A 1ª noite abriu como tradicionalmente pela mão da Tuna Feminina do OUP, desfilando temas como “Diferente”, “Sonho de Amor”, “Perestroika”, “Canção do Mar” e “El Milagro de tus Ojos”, numa actuação muito agradável e demonstrando o seu habitual bem fazer.  

De seguida e dando começo à vertente competitiva do FITU, a Tuna de Economia da U.P. surge em cenário com cerca de 40 elementos, desfilando temas como “Segredos e Memórias”, “Nega” (ambos temas originais), seguindo com o seu instrumental, depois “Troca Pingas” e um medley de temas portugueses de sempre, destacando-se claramente a exibição dos seus pandeiretas que lhe valeram a nomeação respectiva. 

Numa estreia absoluta num FITU surgiu em palco a Infantuna Cidade de Viseu, inaugurando a sua presença neste evento com “Navegamos a Cantar”, um original, depois “Viseu Menina” e um solista à altura dos acontecimentos, dando lugar à rapsódia “Cinco Seguidas”, passando pela magnífica “Balada para un Loco” de Astor Piazzolla e novamente o solista a brilhar, tendo sido fechado (??) o pano quando a Infantuna se preparava para interpretar o tema “Indo Eu”. Ainda assim, a 2ª Melhor Tuna desta edição do FITU, considerou o Jurado.  

A Tuna de Engenharia da U.P. deu seguimento ao espectáculo da 1ª noite com “O Fortuna!”, “Porto na Memória”, “Czardas” como tema instrumental e que lhes concedeu o respectivo galardão, “Maria Maria” e “Hoy”, tema interrompido pelo fechar de novo (??) do pano do Coliseu.

De seguida a TUIST regressou ao palco do Coliseu com algumas velhas – guardas abrindo com “Povo que lavas no rio”, seguindo-se o original “Se um dia não houver luar”, passando ao instrumental “Santa Morena” e recuperando ainda o mítico “Amélia dos Olhos Doces”, terminado com a “Marcha do Centenário”, destacando-se o seu solista, pandeiretas e apresentador de serviço dos oldtimes. Valeu esta actuação da TUIST a 3ª classificação deste FITU, conforme indicado pelo Jurado. 

Terminou a 1ª noite do FITU com a actuação da Tuna Universitária do Porto que desfilou temas a norte do equador, como sendo “Mar Azul”, “Balada das Sete Saias”, “Perdidamente”, “Porto Sentido” , “Medley venezuelano”, “Guantanamera”, “As Carvoeiras” e finalmente “Amores de Estudante. 

Quanto ao ambiente extra sala, os corredores permaneceram por regra vazios, à excepção do intervalo e de uma ou outra incursão de alguns dos participantes que foram dando animação extra, para lá do habitual reencontro de amigos de várias latitudes junto aos bares do Coliseu. 

A 2ª noite inicia-se tal como a anterior, com a Tuna Feminina do OUP, interpretando temas como “à Beira Mar”, “Lejos de ti” ou ainda “Perestroika” e “Serenatas”, dando lugar à parte competitiva com a Tuna Universitária do Minho – também ela uma habitué do FITU como aliás, praticamente todas as presentes nesta edição – que desfilou temas como “Chico Fininho”, o clássico “Boémia”, o instrumental “Partizan”, a cover de um tema dos anos 60  “O abraço Acontece” e terminando com “Adeus é sempre Adeus”, valendo-lhes o prémio do público bem como a distinção para a Melhor bandeira da noite.

Dando sequência à 2ª noite competitiva, surgiu a Tuna da Universidade Católica Portuguesa – Porto, abrindo com “Desfolhada” e os seus pandeiretas com boa prestação, seguindo para o clássico recuperado “Avé Maria no Morro” e novamente uma recuperação com a “Marcha Radeski” que animou o público presente, passando por “Oração” que valeu a distinção para Melhor Solista do evento, cedendo lugar a “Maria Lisboa” e finalmente o quentíssimo “La Cartera”, actuação que valeu o 1º prémio do FITU deste ano. 

De Espanha surgiu o único grupo presente, a Agrupación Arcipreste de Hita, oriundos de Madrid, passando por temas como “La Hiedra”, “Madrigal”, “Isa Canária” ou ainda “Madrid”, tendo ainda este agrupamento becado Miguel Bastos “Misha” , que dirigiu pertinentes palavras ao público, agradecendo de igual forma a este grupo o gesto tido. 

Finaliza a 2ª noite do FITU com a Tuna Universitária do Porto, apresentando desta feita temas abaixo do equador, nomeadamente “Manhã de Carnaval”, “Alfonsina Y el Mar”, “Libertango”, “Jamais”, repete ainda “Porto Sentido” com o devido enquadramento, o sempre tocante “Timor”, “Madalena” – num momento que soube a FITU de outros tempos sendo o tema cantado no seu refrão pelo público ainda presente - e finalmente uma sentida homenagem a Lina Ascensão - da Tuna Feminina do OUP - com “Meu Bem, Meu Mal”. 

Ainda antes do Jurado dar lugar ao anúncio da sua decisão, subiu a palco a Madrinha desta edição do FITU, Dª Rosa Rodriguez, que dirigiu simpáticas palavras ao público presente, secundado por um representante da Câmara Municipal do Porto que, de igual forma, discursou por breves momentos. De seguida, o Magnífico Dux Veteranorum da Academia do Porto – e respectivo Magnum Consilium Veteranorum - sobe ao cenário e homenageia a Comissão Executiva desta edição do FITU, bem como a Presidente da Direcção do OUP, presenteando as mesmas com flores e dirigindo-lhes palavras de apreço pela organização de mais um FITU Cidade do Porto. 

De seguida, o Jurado – devidamente identificado no libreto do certame – enunciou então as distinções seguintes: 

Melhor Bandeira - Tuna Universitária do Minho

Melhor Pandeireta - Tuna da Faculdade de Economia da U.P.

Melhor Instrumental - Tuna de Engenharia da U.P.

Melhor Solista - Tuna da Universidade Católica Portuguesa - Porto

Prémio Público - Tuna Universitária do Minho

3 ª Melhor Tuna  - Tuna do Instituto Superior Técnico Lisboa

2ª Melhor Tuna - Infantuna Cidade de Viseu

Grande Prémio XXIV FITU Cidade do Porto - Tuna da Universidade Católica Portuguesa - Porto

Encerrou esta XXIV edição do FITU com o habitual “Amores de Estudante” como reza a tradição deste evento.   

Em suma, uma edição que contrastou com o enunciado no site do OUP e onde se pode ler desde há muito “Para que uma iniciativa como esta tivesse o êxito pretendido, o OUP apostou em três grandes vertentes, que desde então demarcam o FITU: a qualidade (da sonoplastia, cenografia e Tunas participantes), a originalidade e a inovação”. A qualidade de sonoplastia esteve francamente abaixo do que nos habituou o FITU – com claro prejuízo quer das tunas participantes quer do público presente – bem como em termos cenográficos pura e simplesmente não existiu, resumindo-se a um simples jogo de luzes num ciclorama completamente despido de qualquer alusão quer ao evento, quer à cidade que o acolhe.

Por outro lado, os reportórios apresentados pelas várias tunas mantiveram-se estáticos face aos últimos tempos, ou mesmo recuperando temas dos respectivos baús de memórias. Novamente cita-se, “O mais antigo e mais prestigiado Festival de Tunas do país, o FITU, desde sempre apresentado pelos Jograis, jamais parou de crescer sendo hoje realizado em quatro dias de Rondas e Serenatas pelas salas de espectáculo, estabelecimentos de ensino, bares e ruas do Porto. A parte competitiva consiste na actuação das Tunas durante dois dias, geralmente na sexta e sábado da primeira semana de Novembro, para um público fiel que esgota a bilheteira do Coliseu do Porto.”  

A 1ª noite deste FITU teve meia casa e a noite de Sábado praticamente foi uma cópia da anterior, ficando longe de esgotar a bilheteira em ambas as noites de espectáculo. A confirmar tal, a facilidade em adquirir bilhetes já na 1ª noite, como foi possível constatar. Para lá do Coliseu, as festas nocturnas atestaram o bom ambiente vivido, bem como a tarde de Sábado com o já “obrigatório” porco no espeto e matrecos humanos.  

Os Jograis do OUP estiveram nas suas apresentações um tudo-nada menos cáusticos face ao habitual, saudando-se contudo o esforço e a renovação. 

Agradecimentos finais à Comissão Executiva do XXIV FITU pela atenção e facilidades concedidas ao PortugalTunas, permitindo assim a cobertura desta edição do FITU Cidade do Porto.

Até à XXV edição!