XIV fESTA - Festival de Tunas Mistas de Abrantes

28-04-2013

XIV fESTA - Festival de Tunas Mistas de Abrantes

Nos passados dias 26, 27 e 28 de Abril de 2013 decorreu o XIV fESTA - Cidade de Abrantes, Festival de Tunas Mistas organizado pela ESTATUNA - Tuna da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes.
O Festival teve como tema "As Flores" numa invocação àquela que é a imagem de marca da cidade, a cidade florida de Abrantes , e serviu também de homenagem a um amigo da ESTATUNA, recentemente desaparecido, o Miguel "Jardineiro" de Brito.
O festival contou com a presença das seguintes Tunas a concurso:

- Vicentuna - Tuna da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa;
- Real Tuna Infantina - Tuna Académica Mista da Universidade do Algarve;
- Tuna Médica de Lisboa - Tuna da Faculdade Medicina da Universidade de Lisboa e da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa;
- Magna Tuna ApocalISCSPiana - Tuna Académica do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa.

O Festival contou ainda com a participação extra-concurso da Tuna do Distrito Universitário do Porto.

Dia 26, sexta-feira deu-se início à noite de serenatas, nos claustros do antigo Convento de S. Domingos, com a presença das tunas a concurso, até que um problema com os aspersores de rega, que se ligaram durante a atuação da Magna Tuna ApocalISCSPiana, obrigou a uma mudança de local para a porta da igreja de S. João, onde sem problemas de maior se concluíram as atuações.

A noite terminou em festa no antigo espaço da Rodoviária de Abrantes, onde se fez a festa até altas horas da noite.

No sábado, dia 27 a tarde foi animada pelo tradicional Pasacalles pelas ruas da cidade, onde as tunas a concurso animaram os transeuntes que pararam para as ver.
Seguiu-se uma arraial prejudicado pelo frio que se fez sentir durante todo o fim-de-semana, mas mesmo assim animado.

À noite deu-se início ao espetáculo no Cine-Teatro de S. Pedro, com a presença extra-concurso da Tuna do Distrito Universitário do Porto, que com 15 elementos em palco interpretou "La Negra Tomassa", "Quero as Estrelas, Quero o Luar" do "Quarteto de Espadas", o original "Meu Porto sem Par" a tradicional "Casa Portuguesa" num excelente arranjo vocal e por fim um tema de Zeca Afonso "Vejam Bem", em homenagem ao recentemente falecido Miguel "Jardineiro" de Brito, que chegou a pertencer à TDUP. A saída de palco foi ao som das "Raparigas Belas".

A primeira Tuna a concurso a foi a Vicentuna, que com 33 elementos em palco iniciou a sua actuação com uma homenagem ao Miguel de Brito, seguido de várias pequenas interpretações musicais e teatrais referentes ao tema do festival (As Flores). Depois dessa introdução, os temas "Lisboa das Cantigas", "Mar Desconhecido", "Fuga y Mistério" (instrumental de Astor Piazzola), "4 Caminhos" e, claro, "Xácara das Bruxas Dançando" como tema final. Destaque para as bandeiras e pandeiretas, sempre a animar o público presente.

Seguiu-se a Real Tuna Infantina que com 32 elementos, iniciou a sua actuação com o tema clássico das tunas "Silêncio" de Rafael Hernandez, seguido da serenata "Zorro" de Luís Represas/João Gil cantada à capella, "Manhã de Carnaval" de Luiz Bonfa/Antônio Maria na voz da solista Sofia Cera, o instrumental "Bandolinata" de Júlio Pereira, o original "Luar Algarvio" e terminando com "A Estrada do Monte" dos Madredeus. Uma prestação consistente da Infantina destacando-se ainda uma boa adaptação ao tema do festival com muito humor à mistura.

Após o intervalo subiu ao palco a Magna Tuna ApocalISCSPiana, que com 21 elementos em palco interpretou os temas "Terra dos Sonhos" de Jorge Palma, a marcha "Barcos do Tejo", "Mulher de Armas" de Rui Veloso, uma estreia com o tema "Vontade", terminando com a "Canção do Engate" de António Variações. Destaque para o seu porta-estandarte e pandeiretas, sempre bem coordenados e sem falhas de maior.

A última tuna a concurso foi a Tuna Médica de Lisboa, que com 35 elementos iniciou a sua actuação com o tema "Adeus da Primavera", que resulta da junção de duas músicas dos Madredeus: "Adeus" e "Andorinha da Primavera", seguiu-se o instrumental "Barbeiro de Sevilha", o original "Cachopa", o tema "Eu Já Não Sei" de António Zambujo, terminando com a já conhecida recriação da "Canção de Lisboa". Uma boa performance da TML com destaque para mais uma original e divertida adaptação ao tema do festival.

Enquanto o júri refletia sobre a atribuição dos prémios, a anfitriã ESTATUNA subiu ao palco apresentando a serenata "Saudade" em homenagem mais uma vez ao malogrado Miguel "Jardineiro" de Brito, com a presença de vários elementos de outras tunas presentes, que se quiseram associar à homenagem sentida. Seguiu-se ainda o tema "um Contra o Outro" dos Deolinda, em estreia absoluta, a "Canção de Embalar" de Zeca Afonso e por fim "Marília Ausente" (adaptação musical de um poema de Bocage).

Após a deliberação do júri composto por José Rosado (Tuna Templária), Alexandra Sousa (Enftuna), Duarte "Casperzinho" Santos (Magna Estudantina de Leiria), Maurício Nunes (Tuna da Universidade Internacional e Tuna Templária), e Armando "Armani" Pereira (Tuna Universitária do Porto) procedeu-se à entrega dos prémios:

Melhor Serenata - Prémio Miguel de Brito - Real Tuna Infantina (Menção Honrosa para a Tuna ApocalISCSPiana pela serenata "molhada")

Melhor Pasacalles - Magna Tuna ApocalISCSPiana

Tuna do Público - Tuna Médica de Lisboa

Melhor Solista - Real Tuna Infantina

Melhor Pandeireta - Tuna Médica de Lisboa

Melhor Bandeira - Magna Tuna ApocalISCSPiana

Melhor Instrumental - Real Tuna Infantina

Tuna + Tuna - Vicentuna

Prémio Tema (flores) - Tuna Médica de Lisboa

Melhor Tuna - Real Tuna Infantina

 A noite no Cine-teatro S. Pedro terminava pouco depois ao som do hino da Estatuna. A fESTA prosseguiu pela noite dentro de novo na antiga Rodoviária de Abrantes.

De realçar pela positiva a amizade entre todas as tunas presentes, que permitiu a "união de esforços" entre todas, por exemplo num pedido de casamento surpresa, ou na homenagem ao Miguel de Brito.
Os pontos negativos terão sido a qualidade do som, o pouco público presente no teatro, e o relativamente extenso tempo de atuação da maioria das tunas, que se alongaram por vezes em demasia na interpretação do tema solicitado.

Em suma, um Festival de qualidade com larga tradição e extremamente equilibrado, com as Tunas a dificultarem a tarefa do júri...

Parabéns à Estatuna pelo seu XIV fESTA... e até para o Ano!!