VII FITU Terras de Cante
24-10-2009
A EUL – Estudantina Universitária de Lisboa, foi a grande vencedora deste fim-de-semana em Beja. Foi sem dúvida um grande festival, não só pelas tunas presentes, mas por todos os amigos e tunos que se deslocaram a Beja para o convívio que um festival deste cariz proporciona.
Na sexta-feira, após a recepção das tunas, o jantar ocorreu no Restaurante Marisqueira Marisbeja. O clima era de festa e muita animação predizendo um “cheirinho” do que seria um grande fim-de-semana. A festa entrou pela noite dentro na discoteca "Karas".
O acordar foi difícil, depois de umas poucas horas de sono… Depois de um belo repasto no Clube de Ténis, teve lugar o Pasacalles por entre a Rural Beja, bastante animado e divertido, permitindo o contacto com a população.
O início do festival começou com a actuação da Tuna Feminina Universitária de Beja. Com cerca de 24 elementos em palco, iniciaram a sua actuação com uma moda alentejana à capela, “Maria Campaniça” onde se destacou o excelente arranjo de vozes. Seguiu-se com “Feira de Castro”, um Medley de músicas tradicionais alentejanas terminado com “Riancheira”.
A primeira tuna a actuar foi a Copituna d´Oppidana – Tuna Académica da Guarda. Foi um espectáculo bastante coerente e animado. Com cerca de 27 elementos em palco, iniciaram a sua actuação com a leitura do poema "A Morte Saiu à Rua", prosseguindo com o seu instrumental original, “Domingo à Tarde” onde se destacaram os seus estandartes. Seguiu com o seu original “Guitarra de Ilusões” onde se destacou o seu solista, e com os seus conhecido temas “Menina Caloira” e "Capa ao Ombro", terminando com uma nobre homenagem a Carlos Paião, “Reviver Carlos”, com temas como “Lobo do Mar”, “Pó de Arroz” e “Playback”.
Seguiu-se a actuação da Imperial Neptuna Académica – Tuna da Cidade da Figueira da Foz. Com cerca de 18 elementos em palco, deleitaram os presentes com uma actuação bastante animada e muito ritmada. Iniciaram com “Olá Beja” seguido clássico de António Variações “Estou além” onde se destacou a prestação do seu porta-estandarte. Seguiu-se com o seu instrumental e com o seu original “Louco Desejo”, uma linda serenata dedicada a todas as mulheres. Terminou a sua actuação com o seu animado “Mix Figueirense” com todo o auditório ao rubro.
A terceira tuna a actuar veio da nobre cidade Invicta, a Tuna do Distrito Universitário do Porto. Com cerca de 18 elementos em palco, iniciou a actuação com o seu original “Meu Porto sem Par” e “Mariposita” tema popular andino. Prosseguiu com o animado tema “Raparigas Belas” de Loubet Bravo, marcado pela prestação dos seus pandeiretas e “Aquella Tarde” onde se destacou o seu solista. Terminou com o conhecido tema “Casa Portuguesa”.
A terminar o rol de actuação de tunas a concurso, esteve a EUL – Estudantina Universitária de Lisboa. Com cerca de 19 elementos em palco, iniciou o seu espectáculo com um excelente arranjo e interpretação vocal do tema “Amor a Portugal”. Seguiu com o instrumental entronizado por Júlio Pereira, “Bandolinata” e com uma adaptação do bonito tema de Ary dos Santos “Toirada”. Prosseguiu com uma adaptação do “Fado Português", onde se destacou a interpretação do seu solista, terminando a sua actuação com o tema “Sinos da Sé”.
Por fim subiu a palco a tuna da casa, TUB – Tuna Universitária de Beja. Com cerca de 22 elementos em palco, iniciaram a sua actuação com “Meu Alentejo”, seguido do conhecido tema “El Talismã”. Seguiu-se com “Serenata” terminando com a sua actuação com “Piel Canela”
No fim o júri decidiu…
Tuna + Tuna: Estudantina Universitária de Lisboa
Melhor Pasacalles: Imperial Neptuna da Figueira da Foz
Melhor Pandeireta: Tuna do Distrito Universitário do Porto
Melhor Porta-estandarte: Copituna - Tuna Académica da Guarda
Melhor Solista: Estudantina Universitária de Lisboa
Melhor Serenata: Tuna do Distrito Universitário do Porto
Melhor Instrumental: Estudantina Universitária de Lisboa
2º Melhor Tuna: Tuna do Distrito Universitário do Porto
Melhor Tuna: Estudantina Universitária de Lisboa
A noite foi longa, continuando noite dentro pelas ruas de Beja, nomeadamente pelo "Ritual" e pelo "Karas". Cada vez mais fica a certeza que os festivais de tunas não são competições, são um local comum de encontro e reencontro de amigos. O espírito que se sentia era fantástico, cheio de alegria, tradição e espírito académico aliado ao mais nobre espírito tunante. Muitos parabéns TUB, e claro, até para o ano!