Comunicado da Tuna Académica de Biomédicas

24-04-2014

Comunicado da Tuna Académica de Biomédicas
COMUNICADO – TUNA ACADÉMICA DE BIOMÉDICAS


Na sequência dos acontecimentos do passado dia 23 de Abril de 2014, a Tuna Académica de Biomédicas (TAB) vê-se obrigada a apresentar este comunicado, de forma a esclarecer o sucedido.

À TAB, grupo artístico, académico e praxístico, existente há 10 anos, foi endereçado um convite pela Comissão Organizadora do XXVII FITA (Festival Ibérico de Tunas Académicas), para audição referente ao mesmo festival.

Como é nosso apanágio respeitamos o convite e a entidade que nos convidou. Atempadamente respondemos ao repto e marcamos presença no auditório do ISEP à hora requisitada pela Organização.

No entanto, e para enorme estupefação nossa, vimo-nos, quando nos encontrávamos a ensaiar para a audição, impedidos de atuar.

Pelas 22:00 horas, cerca de uma hora após o horário estipulado para o início das audições, é requisitada a presença do nosso Magister, elemento máximo da hierarquia da nossa tuna, para reunião com representantes do Magnum Consilium Veteranorum (MCV), Federação Académica do Porto (FAP) e Comissão Organizadora do XXVII FITA, onde nos é comunicado que, em consequência da presença da TAB em Outubro de 2013 no XXVII FITU, organizado pelo Orfeão Universitário do Porto (OUP), estaríamos impedidos de realizar a audição supracitada, alegando as más relações entre o MCV e o OUP.

De relevar que o convite para a audição do XXVII FITA foi feito no dia 17/04/2014, altura em que os termos alegados para a exclusão já seriam conhecidos.

Tratámos de esclarecer o sucedido com a Comissão Organizadora, no caso dois representantes da FAP (a coordenadora da referida comissão e um executivo das actividades culturais da Queima das Fitas 2014), que afirmaram estar de “mãos e pés atados” com a situação.

Mais nos informam que a decisão para nos convidar para esta audição terá sido tomada em Assembleia Geral da FAP, o que, na nossa opinião, nos deixa espaço para duvidar do poder decisório da reunião, que deveria ter o poder máximo deliberativo entre as associações de estudantes federadas, visto uma instrução repentina do MCV ter levado à mudança das decisões lá tomadas e homologadas pelos seus associados e elementos devidamente certificados pelas várias Associações de Estudantes das Escolas da Academia do Porto.

A TAB, que nessa mesma noite teve atuação no IX FETUA, em Oliveira de Azeméis, sujeitou-se a um esforço suplementar para poder cumprir os seus dois compromissos, vendo-se “desconvidada” desta audição com a única promessa que mais tarde haveria uma reunião para mais esclarecimentos.

De resto, e segundo o que 
conseguimos apurar, as audições às restantes tunas ocorreram como pré estabelecido.Toda esta situação nos parece bizarra e desrespeitosa.

A nossa tuna desde sempre seguiu os desígnios praxísticos enquanto grupo
académico reconhecido pelo seu Conselho de Veteranos e pelo MCV, respeitando a
hierarquia estabelecida e sempre se fazendo representar quando requisitada.

No entanto, sempre esclareceu que a sua maior preocupação seria a sua componente
artística e que as decisões quanto a esta seriam da responsabilidade única da Tuna.

Este sempre foi o nosso principal objetivo, assim como a melhor representação da
nossa Tuna e consequentemente da nossa casa, a casa de Biomédicas, e a Academia
do Porto onde se integra.

Apesar da clareza com que esta posição foi apresentada ao MCV, temos vindo a sofrer pressões externas, por parte deste, quanto à gestão dos convites que nos foram endereçados. Assim, sentimos um enorme desrespeito pela forma subterfugiosa como o MCV manietou um convite que nos foi endereçado pela Comissão Organizadora do XXVII FITA.

Ficamos sem compreender se esta Comissão 
Organizadora será da responsabilidade do MCV que, de uma forma pouco íntegra, “desconvidou” a nossa Tuna; se será da responsabilidade da FAP que cede à pressão do MCV, desrespeitando uma decisão tomada em Assembleia Geral da FAP, em detrimento de uma tuna de uma Escola que também representa; se de uma
organização partilhada, claramente disfuncional e deletéria à nossa parte.

No fundo, consideramos toda esta situação deplorável e que, infelizmente,
escreve mais uma página negra na história da praxe, que apesar de ultimamente estar
a ser tão fustigada pelos media, não vê por parte do seu grupo máximo de
representação um esforço no sentido de fomentar a união dos seus elementos, em
detrimento de quezílias e jogos de poder.

Pela parte da nossa Tuna faremos deste episódio apenas uma página
lamentável e inédita da nossa história. A todas as pessoas que nos seguem nas
nossas atuações, garantimos que nos esforçaremos para ser cada vez melhores.

À nossa Casa, a casa de Biomédicas, prometemos que esta situação em nada nos
enfraquecerá, e que terão sempre mais e mais razões para se orgulharem de nós.

Porto, 24 de Abril de 2014

Tuna Académica de Biomédicas