Os 20 anos da Tuna Bruna e o X FITUFF...

A Tuna Bruna festejou o seu Vigésimo Aniversário, por ocasião do X Festival Internacional de Tunas Universitárias da Figueira da Foz. Foi nos passados dias 15 e 16 de Março, que as capas negras dos amigos da Bruna, invadiram a Figueira da Foz.

 

A gala dos "20 anos da Tuna Bruna", para amigos e familiares, abriu o fim-de-semana de espetáculos no Casino. Cheia de nostalgia e saudade, com agradecimentos sentidos, terminou com o concurso de serenatas das tunas convidadas. Ouviu-se uma serenata de cada tuna a concurso no festival: Estudantina Académica de Castelo Branco, Tuna Universitária de Maastricht, Tuna Académica do IPAM Cidade de Matosinhos, Real Tunel Académico de Viseu e Estudantina Académica da Madeira, tocando respetivamente "Ilusão", "Silêncio", "Mente ao meu coração", "Nostalgia" e "Alma".

 

A Tuna Bruna continuou a noite com a "Canção da Figueira", "À minha maneira", "O teu olhar" e os "Parabéns", seguidos da "Pilinha". Os intervenientes continuaram a festa na discoteca NB, durante a qual ocorreu um concurso de apresentações musicais e individuais, por parte dos caloiros das várias tunas presentes, tendo ganho o Calimero, da EACB.
O sábado amanheceu cinzento, com bastante chuva, o que não permitiu a realização do habitual pasacalles pelas ruas, e dificultou a mobilização dos grupos. Apesar disso, a sala do Casino encheu completamente, e as tunas tiveram um público muito agradável.
Voltando ao primeiro palco de festival que pisaram, a Estudantina Académica de Castelo Branco foi a primeira tuna a concurso, e iniciou a sua apresentação com umas palavras sobre liberdade como introdução do tema "A morte saiu à rua". Interpretaram o tema tradicional "Castelo Branco", o original "Estudante" e o instrumental ‘'A velha", também tradicional da beira, numa musicalidade simples e bonita. A parabenizar a Tuna Bruna, tocaram um original desta - "Navegantes" e terminaram com o Hino original "É por ti que eu canto". Esta tuna conseguiu conquistar o público, que se manteve sempre animado, primando por coreografias de Porta-Estandarte.

 

A Tuna Académica do IPAM Cidade de matosinhos, invadiu o palco de seguida, iniciando com "Canoas do Tejo" apresentando um show de pandeiretas e estandartes muito coordenado. Após uma homenagem à Bruna, interpretaram "Moliendo Café" num ritmo bastante quente, e "Mente ao meu coração" na voz do Solista. Terminaram com o "Senhor de Matosinhos", numa actuação animada.

 

Em tons de azul, subiu a palco o Real Tunel Académico. Iniciou o espetáculo com uma estreia "O Grito" de Garcia Lorca, na qual brilhou a voz do solista. Seguiram com vários temas originais, a homenagem ao Boquinhas em "Rua escura 43" com um solo de pandeireta a adornar. Continuaram com "Viseu Terra Nobre" e o instrumental "Trilhos", tema bastante diversificado ritmicamente e muito bem conseguido. Acabaram a apresentação com a "Homenagem a Hilário", o grande fadista e estudante, natural de Viseu.

 

O grupo que se seguiu foi a Tuna Universitária de Maastricht, com um traje idêntico ao traje espanhol, e de beca azul. Brindaram o público com uma introdução bastante harmoniosa, por entre os agradecimentos e o realce das longas relações de amizade com a Tuna Bruna. Cantaram temas em castelhano e em português como "Hoy estoi aqui", "Puerto Rico", "Canção da Figueira", "Águas do Dão" e "Guantamera". Uma atuação muito divertida, a começar pelas canadianas a servirem de percussão, e muito bem conseguida musicalmente. De louvar o esforço que tiveram em aprender a cantar em português, e bastante perceptível.

 

A Estudantina Académica da Madeira iniciou à capella com a "Balada de Outono" de Zeca Afonso um arranjo simples e belo, e "Júlia Florista", dedicado às  Flores das Figueira, seguindo com alguns temas originais: "Pescador", com esquemas de estandarte engraçados. "Alma" foi o tema seguinte, muito bem interpretado pela voz clara e suave do solista, acabando com "Funchal de Verde Manto", tema composto para o 500º aniversário da cidade do Funchal.

A Tuna Bruna subiu a palco para o agradecimento habitual e concluir o espetáculo. Ouviu-se a animada e sedutora "Maria", "Meu amor", nas vozes dos solistas, e "Navegantes". O tema seguinte, foi a belíssima canção "A Figueira", interpretada por Simone de Oliveira em 1965, tema este, que pinta esta cidade de uma forma muito bela e muito quente. Terminaram com o hino "Bruna a Cantar", com a sala ainda completamente cheia.

A festa seguiu animada pelo Império e pelo NB Figueira.

 

O Júri do certame foi composto pelos seguintes elementos: Professor Rogério Cruz (Professor de Música, saxofonista) Professora Isabel Rovira (Directora do Conservatório de Música da Figueira da Foz), Maestro Virgílio Caseiro (Maestro do Coro dos Antigos Orfeonistas de Coimbra, ex-maestro da Orquestra Clássica do Centro, entre outros), Luís Borges (Ex-magíster da Tuna Universitária de Aveiro), Maria João Sobreiro (Magíster da extinta Tukatina - Tuna Feminina da Universidade Internacional da Figueira da Foz).

 

Os Prémios foram atribuídos da seguinte forma:

 

Melhor solista: Estudantina Académica da Madeira
Melhor Instrumental: Real Tunel Académico de Viseu
Melhor Porta-Estandarte: Estudantina Académica da Madeira
Melhor Pandeireta: TAIPAM
Melhor Original: Estudantina Académica da Madeira
Melhor Serenata: Estudantina Académica da Madeira
Tuna + tuna: Estudantina Académica de Castelo Branco
2ª Melhor tuna: Real Tunel Académico de Viseu
Melhor tuna: Tuna universitária de Maastricht