2024 a terminar...que se segue?

Os balanços de final de ano são sempre exercicios algo repetitivos, tratando-se do nosso peculiar mundo tuneril.

Por isso, talvez não haja lugar a novidades de monta este ano. Na ressaca – até parece que foi há muito… - da pandemia, o comeback tuneril acabou por ser forte, aqui e ali até com mais força, havendo, naturalmente, quem também ficasse pelo caminho (já antes, até). Ou seja, a diinâmica confirmou-se, validando a tal autoregulação do meio como paradigma máximo a observar.

No restante, mais do mesmissimo. Continua-se em ambiente festivaleiro a valorizar o acessório e a desvalorizar o principal, a Música. Já é um “clássico” patrioteiramente marginal, vamos convir, que nos mantem na obscuridade da cultura musical urbana de carácter estudantil. A validação do que não interessa continua a superar a lógica do que tem, realmente, valor. Na espuma dos dias, continua-se a “Instagramizar” a Tuna – como se não faltasse mais nada de fútil ao fenómeno. Sinais dos tempos. Percebe-se a vertigem da rede social e nada a obstar; mas a lógica dos seguidores não impera sobre o seguir a lógica.

Noutro plano, o “mais-do-mesmíssimo” ocorre e no que toca ao total descontrole da “prachisse”, ao infiltra-se na natural associação livre e consagrada legalmente, a da Tuna. Já tivemos no passado crimes – termo correcto a aplicar - quanto a esta matéria e, a ver pelas recentes notícias, continuam na forma tentada, e pelo menos. Vão existir denúncias anónimas que, naturalmente, poderão seguir o seu natural curso – a ver pela posição tomada pelo PortugalTunas, de forma publica e publicada. Arrisque quem ousar, portanto. Não lhe cabendo a delação e/ou denúncia, sequer, está predisposto a entregar a quem de direito tal missão, com factos e provas. Bastará, na defesa da Tuna em sentido abstracto e universal - o que é sempre mais do que o (não) feito por qualquer outra instituição de carácter tuneril.

As mistificações continuam o seio tuneril, o que já nem constitui motivo de análise, sequer. Assistiu-se ao turbo nascimento de algumas Tunas, sendo que o tempo irá validar ou não a lógica fundacional que sustenta tal fenómeno. Quanto ao restante, lamenta-se a perda fisica de alguns Tunos - a quem se presta sentida homenagem.

O PortugalTunas continua, serenamente, o seu caminho. Em várias vertentes e pontos. Vai ao encontro das novas tendências internautas, sem grande alarido. Mas continuará o seu percurso de 21 anos, priorizando o conteúdo, a essência, a verdade histórica, face ao like ou ao follow de ocasião. Passou pelo HI5, pelo Facebook, antes tinha passado pelo saudoso MirC, com toda a tranquilidade. Cá está, hoje, enquanto alguns dos atrás referidos jazem nos confins da www.

A nova versão do Portal é, ela mesma, uma prova dinâmica da filosofia saudavelmente ultra que o move: Formar e Informar. De forma comprovada, sempre. Neste apartado, continua olimpicamente sozinho, infelizmente: O Instagram não é casa de sabedoria. Ainda assim, continua o seu caminho. Em breve, mais uma novidade a apresentar. O tal ADN de sempre.

E eis mais um ano passado, sem grandes novidades - o que, per si, é revelador quanto baste. Um Melhor 2025 para todos.


RT