XIX Canto de Sereia

28-10-2012

XIX Canto de Sereia

As Mondeguinas festejaram este ano o seu XIX Canto da Sereia, com a bela Cidade de Coimbra como pano de fundo. O festival teve a presença da Quantunna, da Egitúnica, d'as Líricas, da Tuna Feminina de Medicina de Coimbra e da Samarituna. Notou-se durante todo o festival um ambiente muito acolhedor e muito familiar, com muitos amigos vindo de outros sítios, muitas Sereias (elementos reformados das Mondeguinas), sempre numa animação constante.

Durante a tarde de Sábado as tunas a concurso fizeram o pasacalles, circulando por entre vários pontos de interesse da cidade, nos quais tinham tarefas estipuladas a efectuar, terminando no Jardim da Sereia, com a foto de conjunto e o banho na fonte do jardim. Neste último ponto do pasacalles, a tunante Vanessa, pertencente à Egitúnica, teve uma queda, e foi visitar as urgências dos HUC. Sem consequências graves, ainda regressou a tempo de subir a palco com a sua tuna após o jantar.

Depois de um jantar animado nas Amarelas, com uma banda sonora divertida por parte das tunas e boa comida, todos seguiram para o Pavilhão Centro de Portugal, mesmo na margem do Mondego.

E porque "...onde houver uma sereia, há um canto...", as Mondeguinas fizeram as honras da casa com uma adaptação, com letra alterada, dos "Meninos do Bairro Negro" de Zeca Afonso.

A Quantunna, foi uma das surpresas da noite, e subiu a palco extra-concurso, interpretando, como de costume, um repertório constituído apenas por originais. Iniciaram com "Vida de Caloiro", "um lugar diferente", "Uma rosa", "Festa das latas" e "O Vinho", terminando com o grito Académico, em coro com o público.

A primeira tuna a concurso, veio directamente de Braga, e foram As Líricas - Tuna Feminina da UCP de Braga. Iniciaram à capella com a tradicional minhota "Bago de milho redondo", seguindo com o instrumental de sonoridade do filme "Piratas das Caraíbas". Interpretaram o "Vira de Coimbra", "Ponto de luz" de Sara Tavares, "Todas as ruas do amor" e "Passa a tuna", original da EUC.

A Samarituna - Tuna Feminina da Universidade Lusófona de Lisboa, foram as seguintes, com uma actuação bastante animada por entre pandeiretas e estandartes. Interpretaram o instrumental "O Mar", uma mistura de algumas músicas tradicionais portuguesas ligadas ao mar. Ao som do adufe veio o "Cravo Roxo", tradicional da beira baixa, "Vira de Coimbra" numa mistura de sonoridades de alguns temas de Zeca Afonso, "Cidade de Encanto" e "Capas Soltas", finalizando com o Grito Académico.

A meio do espectáculo, o público ouviu também os Blend. De uma qualidade incomparável, este grupo, composto por um guitarrista e um violinista, apresentaram um repertório instrumental de músicas celtas, muito bem executadas.

A Tuna Feminina de Medicina de Coimbra abriu a segunda parte do espectáculo com o medley, seguido do instrumental "Pau de Estrelas". Apresentaram ainda "Caloiro", "Feitiço", a sua versão do "Vira de Coimbra" e "Memórias". Sempre numa actuação muito animada.

Da cidade dos cinco "F", veio a Egitúnica - Tuna Feminina do Instituto Politécnico da Guarda iniciando com uma homenagem à sua cidade em "Guarda". Continuaram com temas como o "Vira de Coimbra", "O momento" e "Caloira".

As Mondeguinas finalizaram o espectáculo, com os seus belos arranjos vocais e a sua graciosidade presente no meio de tantos sorrisos rasgados, inclusive das Sereias presentes em palco. Interpretaram "Senhora do Almurtão", "O Entrudo", "Da Saudade", "Indignação", "Tinta Verde" e "As Mondeguinas".

 

A música "Vira de Coimbra" foi comum a todas as tunas a concurso por imposição da Organização, para o prémio de Melhor adaptação.
Os prémios foram atribuídos da seguinte forma: 
 
Melhor Instrumental - Samarituna
Melhor Original - TFMUC
Melhor Adaptação - Samarituna
Melhor Vídeo de Apresentação - Samarituna
Melhor Pasacalles - Samarituna 
Tuna mais Tuna - Egitúnica
Melhor Tuna - Samarituna

 

Após o espectáculo, os intervenientes seguiram para o belíssimo espaço do Rock Planet na avenida de República, onde a festa durou até a música acabar.

Foi, sem dúvida, uma grande festa, que contou com uma grande cumplicidade entre as tunas e uma excelente organização.

Parabéns Mondeguinas, e muito obrigado por estes momentos, a cada Canto da Sereia que passa, vocês fazem-nos sempre sentir em casa! Não percam para o ano os 20 anos... porque nós também não!