X Oppidana
04-04-2011
Ao final da tarde/início de noite de 6.ª feira, chegaram à Guarda os primeiros elementos das tunas a concurso, bem como de outras tunas e amigos que se juntaram aos participantes naquele que foi o início de um excelente fim-de-semana. Entre abraços, conversas, ambiente descontraído, música e muita animação, a festa de abertura do Oppidana decorreu no Bar Bacalhau (Bar da Associação Académica do Instituto Politécnico da Guarda).
No Sábado, e após o almoço, as condições climatéricas traíram uma vez mais a intenção da realização da Serenata, pelas 16 horas, na escadaria da Sé, pelo que as tunas aproveitaram a tarde para realizar o teste de som no Teatro Municipal da Guarda, bem como para conhecer um pouco mais da cidade que os acolheu durante estes dias.
Por volta das 21 horas, abriam as portas do Teatro Municipal da Guarda, onde os cerca de 630 lugares do grande auditório estavam totalmente esgotados há mais de 48 horas. Pouco depois, subiram a palco os apresentadores da noite, o (auto-intitulado) grupo de fados À Meia-Noite nas Eólicas que, entre momentos musicais, anedotas, apresentações e agradecimentos, animaram o público presente com a sua prestação.
A primeira tuna a subir a palco foi a anTUNiA - Tuna de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, pela primeira vez na cidade da Guarda. Com 32 elementos em palco, iniciaram a sua actuação com "Senhora do Mar", tendo prosseguido para a estreia do seu novo instrumental "Die Zauberflöte" ("A Flauta Mágica", de Mozart). A sua actuação prosseguiu com "Sancho Pança", onde os pandeiretas foram sobejamente aplaudidos; foi interpretado em seguida, pelo seu solista, o tema "Meus Lindos Olhos", tendo a actuação desta tuna terminado com "Lagrimas Negras".
A segunda tuna da noite foi a Tuna da Universidade Católica Portuguesa - Porto. Com 37 elementos em palco, iniciaram a sua actuação com a estreia de uma mistura entre duas músicas mexicanas: "Torero Quiero Ser" e "Novillero", destacando-se a prestação dos seus solistas, estandartes e pandeiretas. A actuação prosseguiu com a recuperação de dois temas do historial da TUCP, "Avé Maria no Morro" e o instrumental "Marcha Radetzky", num revisitar ao passado musical dos seus vinte anos. A TUCP prosseguiu com o seu espectáculo apresentando, uma vez mais nesta cidade, os temas "Oração", "Maria Lisboa" e "La Cartera", numa actuação muito aplaudida pelo público guardense.
Após um curto intervalo, subiu a palco o Real Tunel Académico - Tuna Universitária de Viseu. Com 20 elementos em palco, e ao som de "Abertuna", apresentaram o seu espectáculo composto por quase exclusivamente por originais. "Rua Escura 43" deu o mote ao início da sua actuação, em homenagem à génese desta tuna, seguindo-se a interpretação do instrumental "Trilhos". Em seguida, o Real Tunel Académico apresentou a sua serenata "Procurei-te" seguido de "Serenata a um Anjo", onde o seu solista foi fortemente aplaudido pelo público presente no auditório. Em jeito de homenagem, a tuna dedicou à cidade da Guarda "Viseu, Terra Nobre", terminando a sua prestação de palco com o tema "Homenagem a Hilário", saindo de palco com o famoso tema "Borboletas".
A última tuna a concurso a subir a palco foi a Estudantina Universitária de Coimbra. Com 34 elementos em palco, iniciam a sua actuação com a declamação da Cantiga de Amigo "Ai muito me tarda o meu amigo na Guarda", em homenagem à cidade onde actuaram pela primeira vez. Interpretaram "Coimbra", seguido do tema "Assim mesmo é que é", acompanhado por grande parte do público presente. Prosseguiram com a interpretação do tema "Cirandeiro", tendo posteriormente executado o seu instrumental "Bach Medley". Desta feita, foi a vez de o seu solista interpretar "Maria", terminando a actuação com o tema "Chula Rabela" e o seu FRA, antes da saída de palco pelo público.
Terminadas as actuações das tunas a concurso, e enquanto o júri deliberava, subiu a palco a tuna da casa, Copituna d'Oppidana - Tuna Académica da Guarda. Acarinhada pelo seu público como, de resto, o é habitualmente, os 37 elementos em palco iniciaram a sua actuação com a apresentação pela primeira vez na Guarda do tema "Povo que lavas no rio". De seguida, foram interpretados os temas "Guitarra de Ilusões", "Menina Caloira" e "Capa ao Ombro", em que o público presente acompanhou a Copituna entre vozes e aplausos. Seguiu-se a "Senhora do Mar", antes do seu animado Grito que, por sua vez, deu lugar à entrega de prémios.
O júri, composto por,
- Prof. Rui Pedro Dias (Instrumentista e cantor das bandas "Prós e Contras" e "Trivenção"; Professor de música)
- Prof. Rosário Santana (Professora de música no Instituto Politécnico da Guarda)
- Prof. Helena Rodrigues (Professora de música nos Conservatórios da Guarda e da Covilhã; Acordeonista)
- Ricardo Vicente (Ex-Magister e Membro da Copituna d'Oppidana; Formação em acordeão pelo Conservatório de Música - Paris)
- Luís Tavares (Membro da Desertuna - Tuna Académica da Universidade da Beira Interior)
atribuiu os prémios da seguinte forma:
Melhor Serenata - Não atribuído (não realizada)
Melhor Pandeireta - anTUNiA - Tuna de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Melhor Estandarte - Tuna da Universidade Católica Portuguesa - Porto
Melhor Solista - Real Tunel Académico - Tuna Universitária de Viseu
Melhor Instrumental - Real Tunel Académico - Tuna Universitária de Viseu
Tuna Mais Tuna (da responsabilidade da Organização) - Real Tunel Académico - Tuna Universitária de Viseu
Melhor Tuna - Real Tunel Académico - Tuna Universitária de Viseu
A festa prosseguiu noite dentro na discoteca Catedral e terminou, à semelhança da noite anterior, nas pastelarias locais, já com o clarear da manhã.
No Domingo, houve ainda tempo e lugar para um churrasco nas instalações do Bar Bacalhau, em jeito de despedida.
O PortugalTunas parabeniza a Copituna d'Oppidana pela realização do seu X Oppidana e agradece toda a disponibilidade para a recolha de informação, imagens e vídeos.