Notas sobre Júris e Jurados (II)
11-05-2009
Vamos lá ver.................
Ah, já sei: é sobre um aspecto fundamental de qualquer certame competitivo, um aspecto que despoleta enormes celeumas, mas que é contudo demasiado atirado para o anonimato ou até, para sermos honestos, ignorado e pouco reconhecido.
Falo dos jurados, dos nossos júris que têm a sempre ingrata tarefa de avaliar e atribuir prémios.
São comuns, mais do que o desejável, as tricas e os azedumes que provocam certos resultados de festivais de tunas. Sabemos, temos de convir, que há resultados que nos deixam perplexos, por vezes supreendidos e não poucas vezes indignados. Também temos disso, mesmo se muitas vezes o nosos juízo pode ser tolhido por um certo cotovelo dorido ou por um ego excessivamente autista. Contudo, por vezes, há incidências que são clamorosamente inegáveis - resta saber se por política organizativa (que também há disso) ou se por decisão infeliz do júri.
Contudo, se as discussões giram quase sempre no merecimento, ou falta dele, dos prémios atribuídos, não me lembra, nunca, um apontar de dedo objectivo aos júris que assim deliberaram.
Do mesmo modo, quando os resultados fazem jus aos critérios de isenção, idoneidade e qualidade avaliativa, com prémios bem atribuídos (mesmo que seja sempre tudo discutível, conforme o ponto de vista), também faltará o mesmo indicador objectivo.
Os resultados não surgem por osmose ou tal maná caído do céu para gaúdio do povo hebreu.
Os resultados têm assinatura, têm chancela, têm um conjunto de pessoas que estiveram ali horas a fio sentadas, às vezes sem poder beber uma bejeca, fumar um cigarro, fazer um xixi ou trocar dois dedos de amena cavaqueira (salvos apenas pelo desejado intervalo).....e quase sempre são votadas ao esquecimento.
Quando muito, uma menção ao prémio Tuna+Tuna (ou dentro deste género) quando atribuído pela organização, mas todos os demais continuam como resultado de uma deliberação anónima, como se dar nome às coisas, neste caso às pessoas, fosse algum tabu de "lesa tuna".
Importaria que as crónicas ou as reportagens sobre os eventos, e subsequentes resultados, tivessem em atenção aqueles que também são personagens intervenientes nos certames competitivos, e isto por 2 ordens de razão:
1ª Porque responsabiliza quem avalia e desfaz as dúvidas sobre a própria competência dos avaliadores (para o bem e para o mal), mesmo sabendo que cada cabeça sua sentença e que mesmo um júri composto por pessoas mais que creditadas pode decidir de forma oposta ou divergente ao nosso próprio critério e sensibilidade.
Conhecer quem são os jurados evita desde logo, os juízos de valor que atiraram contra tudo o que mexe.
2ª Porque se assume como reconhecimento público do trabalho que essas pessoas tiveram, porque, de certa forma, as valoriza e as não deixa cair num desrespeitoso anonimato, como se o seu papel fosse meramente ilustrativo ou de corpo presente.
Obviamnte que não se trata de colocar nomes em cartaz (não exageremos!), mas o reconhecimento é-lhes devido, tal como às tunas e demais grupos (jogralhos, por exemplo) que participam (independentemente de serem premiados,) às organizações e patrocinadores.
Nomear, seja nas infos que anunciam, urbi et orbi, a realização do evento, seja nos artigos que fazem o relato e a reportagem dos mesmos, penso que caberia perfeitamente essa referência.
Uma questão de justiça, de transparência, de reconhecimento e, obviamente, de co-responsabilização.
Fica à consideração das organizações e dos "reporters".
Ah, já sei: é sobre um aspecto fundamental de qualquer certame competitivo, um aspecto que despoleta enormes celeumas, mas que é contudo demasiado atirado para o anonimato ou até, para sermos honestos, ignorado e pouco reconhecido.
Falo dos jurados, dos nossos júris que têm a sempre ingrata tarefa de avaliar e atribuir prémios.
São comuns, mais do que o desejável, as tricas e os azedumes que provocam certos resultados de festivais de tunas. Sabemos, temos de convir, que há resultados que nos deixam perplexos, por vezes supreendidos e não poucas vezes indignados. Também temos disso, mesmo se muitas vezes o nosos juízo pode ser tolhido por um certo cotovelo dorido ou por um ego excessivamente autista. Contudo, por vezes, há incidências que são clamorosamente inegáveis - resta saber se por política organizativa (que também há disso) ou se por decisão infeliz do júri.
Contudo, se as discussões giram quase sempre no merecimento, ou falta dele, dos prémios atribuídos, não me lembra, nunca, um apontar de dedo objectivo aos júris que assim deliberaram.
Do mesmo modo, quando os resultados fazem jus aos critérios de isenção, idoneidade e qualidade avaliativa, com prémios bem atribuídos (mesmo que seja sempre tudo discutível, conforme o ponto de vista), também faltará o mesmo indicador objectivo.
Os resultados não surgem por osmose ou tal maná caído do céu para gaúdio do povo hebreu.
Os resultados têm assinatura, têm chancela, têm um conjunto de pessoas que estiveram ali horas a fio sentadas, às vezes sem poder beber uma bejeca, fumar um cigarro, fazer um xixi ou trocar dois dedos de amena cavaqueira (salvos apenas pelo desejado intervalo).....e quase sempre são votadas ao esquecimento.
Quando muito, uma menção ao prémio Tuna+Tuna (ou dentro deste género) quando atribuído pela organização, mas todos os demais continuam como resultado de uma deliberação anónima, como se dar nome às coisas, neste caso às pessoas, fosse algum tabu de "lesa tuna".
Importaria que as crónicas ou as reportagens sobre os eventos, e subsequentes resultados, tivessem em atenção aqueles que também são personagens intervenientes nos certames competitivos, e isto por 2 ordens de razão:
1ª Porque responsabiliza quem avalia e desfaz as dúvidas sobre a própria competência dos avaliadores (para o bem e para o mal), mesmo sabendo que cada cabeça sua sentença e que mesmo um júri composto por pessoas mais que creditadas pode decidir de forma oposta ou divergente ao nosso próprio critério e sensibilidade.
Conhecer quem são os jurados evita desde logo, os juízos de valor que atiraram contra tudo o que mexe.
2ª Porque se assume como reconhecimento público do trabalho que essas pessoas tiveram, porque, de certa forma, as valoriza e as não deixa cair num desrespeitoso anonimato, como se o seu papel fosse meramente ilustrativo ou de corpo presente.
Obviamnte que não se trata de colocar nomes em cartaz (não exageremos!), mas o reconhecimento é-lhes devido, tal como às tunas e demais grupos (jogralhos, por exemplo) que participam (independentemente de serem premiados,) às organizações e patrocinadores.
Nomear, seja nas infos que anunciam, urbi et orbi, a realização do evento, seja nos artigos que fazem o relato e a reportagem dos mesmos, penso que caberia perfeitamente essa referência.
Uma questão de justiça, de transparência, de reconhecimento e, obviamente, de co-responsabilização.
Fica à consideração das organizações e dos "reporters".