II FITUCB - a reportagem

16-11-2008

II FITUCB - a reportagem
Pelo segundo ano consecutivo a EACB orgainzou o seu festival. A festa começou logo na 6ª feira com a recepção dos primeiros aventureiros no bar Metalúrgica. A noite acabou já o sol raiava no céu... No Sábado à tarde no Cine-Teatro Avenida, local onde iria decorrer o espectáculo, actuou a TUSALD - Tuna Académica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, tuna irmanada com a tuna organizadora. Após a actuação, neste mesmo local houve animação toda a tarde com as tunas a bem animadas e regadas pela jeropiga.
Passando ao espectáculo propriamente dito, começo por falar na apresentação muito internacional (à falta de tunas estrangeiras que cancelaram a sua presença à última hora) com piadas ao mais alto nível e com muita classe.
As actuações iniciaram-se com a tuna extra-concurso, a Arrebitátuna-Tuna Feminina da ESE do IPCB sendo estas afilhadas dos anfitriões. No geral tiveram uma actuação bastante coesa com músicas bem conhecidas do público. O seu maior destaque será sem dúvida a porta-estandarte que se paresentou com bastante elegância.
No que respeita às tunas a concurso a primeira foi Tunadão 1998. Apresentaram não só músicas originais como outras: a "Rua do Capelão" numa versão serenata e o seu fabuloso instrumental "Libertango" de Astor Piazzolla. Nesta última os estandartes desenvolveram uma óptima interpretação da música numa representção de um duelo que enriqueceu ainda mais a música. A qualidade desta tuna foi notória ao longo de toda a actuação. As suas pandeiretas demonstraram uma grande coordenação de movimentos, sendo estes bastante variados. Em suma, foi uma actuação muito expressiva e variada com uma forte interacção com o público.
Do frio da cidade dos 5 F’s chegou para actuar em segundo lugar, a Copituna d’Oppidana - Tuna Académica do Instituto Politécnico da Guarda. Entre outras, brindaram-nos com músicas como "Domingo à tarde", uma peça instrumental a lembrar a época medieval onde se destacaram pela positiva os acordes bem executados dos bandolins. O original "Guitarra de ilusões" fez as delícias do público na qual o solista com uma voz melodiosa em jeito de embalo deu mostras do que vale. Apesar de não existir prémio nesta categoria, vale a pena referir todo o cuidado e empenho notório que esta tuna teve na preparação da apresentação. Se esse prémio existisse seriam uns justos vencedores.
Após o intervalo subiu a palco a Tuna Templária de Tomar. Da sua actuação fizeram parte temas como o "Charlatão", "Gostava de vos ver aqui", o original "Menina que não disse nada", o instrumental "Serenata galante" e "Pensando em ti". Esta tuna presenteou o público com um espectáculo de pandeiretas ao bom nível do que nos habituaram, sendo que estavam muito bem coordenadas e as suas coreografias teatrias foram muito bem executadas. Os estandartes foram senhores de uma grande simplicidade e elegância. De referir ainda o bom jogo de vozes e o forte contraste entre elas.
A última tuna a entrar em palco chegou da Invicta, foi ela a TAULP - Tuna Académica da Universidade Lusíada do Porto. Em "Sonhos", a adaptação da música dos Madredeus foi bastante criativa e muito animada. O instrumental "Carrascosa", inspirado no Ribatejo teve um brilhante execução dos bandolins. Apesar de ao centro só ter ido um pandeireta há que referir que apesar de estar isolado, não deixou nunca de mostrar um enorme sorriso de alegria. A actuação terminou com um hit que veio a ser adaptado por várias tunas do país quando a sede aperta. A música "Quero beber" numa versão 60’s fez o público dançar nas cadeiras. Para a história ficará então a tão famosa "queijo de fiambre" , uma nova sandes a sair brevemente para o mercado.
A encerrar a festa e enquanto o júri se reuniu e como não poderia deixar de ser, actuou a EACB. A sua actuação levou ao rubro a sala e as palmas foram uma constante. Desde a "Toada beirã" passando pelo instrumental e pela serenata "Minha ilusão" o actuação foi muito boa. Verificou-se que têm um excelente técnica vocal e que ao longo do último ano houve uma evolução bastante notória e significativa. Os seus estandartes são o grande destaque desta tuna apresentaram-se com uma categoria de nível muito superior.
Antes da entrega dos prémios houve ainda tempo para subirem ao palco todos os tunos presentes (pra cima de uma centena) para todos juntos entoarem "E assim mesmo é que é" da Estudantina Universitária de Coimbra. Um momento único num festival...
Finalemnte chegou a decisão do júri e os prémios foram então atribuídois da seguinte forma:

- Melhor Tuna: Tunadão 1998
- 2ª Melhor Tuna: Tuna Templária de Tomar
- Tuna + Tuna: Tunadão 1998
- Melhor Porta-Estandarte: Tuna Templária de Tomar
- Melhor Pandeireta: Tuna Templária de Tomar
- Melhor Instrumental: Tunadão 1998
- Melhor Solista: Copituna d’Oppidana
- Melhor Tema Original: Tuna Templária de Tomar
- Melhor Serenata: Copituna d’Oppidana

A noite continuou depois na discoteca Look onde todos se divertiram até de manhã. Já Domingo o almoço de despedida foi um belo porco no espeto onde, apesar do cansaço visível, a música continuou e imperou ainda a boa disposição.

A organização tinha como objectivo principal manter a qualidade do festival anterior, objectivo esse que foi conseguido apesar da ausência inicialmente prevista das tunas espanholas. Dados os bons resultados, para o ano prevê-se mais um grande festival no seguimento do bom nível que tem sido atingido ao longo destas duas edições.
A todos um bem-haja e até 2009...