XXIII Trovas:A Reportagem

24-10-2018

XXIII Trovas:A Reportagem
XXIII Trovas - Festival de Tunas Femininas

 

 

A bonita sala do Theatro Circo, em Braga, fervia de antecipação pelo início do XXIII Trovas - Festival de Tunas Femininas, organizado pela Gatuna - Tuna Feminina Universitária do Minho, sendo o tema desta edição (para além dos 25 anos de existência da Tuna organizadora) o "Desporto", no âmbito da "Braga, Cidade Europeia do Desporto".

Coube aos Jogralhos a abertura do certame, arrancando do público as habituais gargalhadas com os seus textos satíricos. A apresentação foi também feita pelo grupo Malad'art, cujo desempenho não foi dos melhores, não obstante criarem certos momentos de ruidosas gargalhadas.

As atuações abriram com uma prestação sólida por parte da TunaMaria - Tuna Feminina de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Abriu a sua atuação com uma adaptação da música "Maria", dos Flor de Lis, seguindo-se o seu instrumental, de seu nome "Rapsódia Tarantella". Coube ao "Fado Português" o papel de música de solista da TunaMaria, terminando esta a sua prestação com o seu belíssimo original, "Alma Dividida".

De seguida, foi a vez da Tuna Feminina de Biomédicas, abrindo a sua atuação com o seu movimentado instrumental, "El Tango de Roxanne", ao qual se seguiu o seu original, "Porto", uma música sentida dedicada à sua cidade. Após uma deliciosa interpretação de "Minh'alma", de Mariza (tendo sido esta a sua música de solista), seguiu-se a música "O Trevo".

Fechando a primeira parte do festival, foi a vez da TFIST - Tuna Feminina do IST. Após a sua primeira interpretação, seguiu-se o seu instrumental, de seu nome "Morricone", por ser precisamente um medley de músicas do famoso compositor. Ou pelo menos assim o deveria ser, pois a meio do instrumental, a melodia que se ouve é nada mais nada menos que a de "Amor a Portugal". Apesar disto, houve uma coreografia feita com capas que se destacou bem pela positiva. De seguida, a música de solista foi a "Canção de Alterne", terminando a atuação com "Júlia Florista".

Após o intervalo, a segunda parte do festival foi aberta pela Afonsina - Tuna de Engenharia da Universidade do Minho, que, como sempre, preencheu a sala com o seu espírito, qualidade musical e espetáculo.

A terceira e última tuna a concurso foi a TunaF - Tuna Feminina do Orfeão Universitário do Porto, cuja apresentação se focou mais na relação entre a história que traziam para contar e as músicas que interpretaram, razão pela qual, não foi possível deslindar os nomes das músicas que a tuna tocou. Não obstante, há duas saudações que devem ser feitas: a interpretação do instrumental, com as devidas coreografias, bem encaixadas; e a inclusão de um momento em que, ao iniciar uma das músicas, a acordeonista simulava uma falsa partida, sendo "advertida" pelo "árbitro", tendo sido "expulsa" com cartão vermelho após nova falsa partida, o que constituiu um momento engraçado numa atuação não tão boa como seria de esperar.

Por fim, para encerrar o festival, foi a vez da Gatuna. A atuação da Tuna anfitriã começou logo pelo seu trunfo recente, a música original "Braguesa", que poderia ter sido melhor aplicada mais para o final da sua intervenção.

Seguiram-se o tema "Maxixando" e duas músicas cujo nome não foi percetível devido à rapidez da apresentadora, sendo que a últimas destas duas foi a de solista, cuja intérprete merece uma saudação. Antes da entrega dos prémios foi interpretado o tema "Color Esperanza", que fica sempre bem nas atuações da Tuna anfitriã. Após a entrega dos prémios, foi interpretado o tema "O Amor é Louco", outra interpretação da Gatuna que é sempre um prazer auditivo.

 

Os Prémios foram distribuídos da seguinte forma:

 

Melhor Estandarte - Tuna Feminina de Biomédicas

Melhor Pandeireta - TFIST

Melhor Solista - Tuna Feminina de Biomédicas

Melhor Tema - TunaF

Melhor Instrumental - TFIST

Tuna Mais Tuna - TunaMaria

Melhor Tuna - TFIST

 

A festa continuou no Lustre, onde foi entregue o prémio de Tuna Mais Tuna.

 

Gonçalo Martins de Matos

José Pedro Rodrigues


Nota: De facto, houve uma colaboração entre o compositor Ennio Morricone e a Dulce Pontes na música "Amor a Portugal". O arranjo é, de facto, de Ennio Morricone.