XVIII TUIST: a reportagem

15-03-2015

XVIII TUIST: a reportagem

O Coliseu dos Recreios recebeu no passado sábado dia 14 de Março, o XVIII TUIST – Festival de Tunas Cidade de Lisboa, organizado pela Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico (TUIST).

Esta edição Festival contou com a presença das seguintes Tunas a concurso:

- Azeituna, Tuna de Ciências da Universidade do Minho

- Estudantina Universitária de Coimbra (EUC)

- Tuna de Engenharia da Universidade do Porto (TEUP)

- Scalabituna, Tuna do Instituto Politécnico de Santarém 

O XVIII TUIST contou ainda com a presença extra-concurso da Tuna Académica do Liceu de Évora (tuna madrinha da TUIST) e da TFIST – Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico (tuna apadrinhada pela TUIST).

A abertura do XVIII TUIST ficou a cargo da Tuna Académica do Liceu de Évora que iniciou um espectáculo com dois temas de “Zeca” Afonso: “Vejam Bem” encadeado com “Canção de Embalar”, seguido da estreia do tema “Trem das Onze” de Adoniran Barbosa, terminando ao som do seu hino.

Em palco, seguiu-se a TFIST que apresentou “Júlia Florista”, fado de Lisboa, seguido de um tema com dedicatória aos padrinhos e terminando com “A Saudade”.

A primeira Tuna a concurso a apresentar-se em palco foi a Azeituna que iniciou a sua atuação com um excerto de "Se um Dia não houver TUIST", adaptação do original da própria TUIST "Se um Dia não houver Luar". Prosseguiram com "A minha Música" de José Cid na voz do solista André Carvalho "Mula", "Caminhos de Água" de Firmino Neiva/Inácio Pignatelli (Raízes) e seguido do instrumental original "Andanças". Apresentaram ainda o original "Suevos", "Tudo o que eu te dou" de Pedro Abrunhosa na voz do solista Tiago Sá "Tretas", terminando com o tema de origem brasileira "Meia Lua Inteira" de Caetano Veloso.

Em palco, seguiu-se a Estudantina Universitária de Coimbra que iniciou a sua atuação com "Maria", fado de Coimbra, com música de João Nuno Farinha e poema de Antero de Quental, com uma excelente interpretação do solista Pedro Ventura "Provisório" acompanhado no centro do palco por uma guitarra de Coimbra e uma guitarra clássica. Foi um momento musical intenso muito aplaudido pelo público do Coliseu. De seguida interpretaram "A Cantar é que te deixas Levar" de Camané na voz do solista João Cruz "Pintelho". Prosseguiram com o instrumental "Bach Medley" e "Olhos nos Olhos" de Simone de Oliveira/Carlos Canelhas/António Antão com interpretação do solista João Silva "Chupa". Terminaram com o tema "Mudam-se os Tempos, mudam-se as Vontades" de José Mário Branco com interpretações a solo de João Cruz, João Silva, Álvaro Ribeiro "Crepe" e Francisco Costa "Chiquitita".

Após o intervalo, subiu a palco a TEUP que apresentou "Maria, Maria" de Milton Nascimento na voz do solista "José Neves", seguido do instrumental "Czardas" de Vittorio Monti. Prosseguiram a atuação com "Torna a Surriento", tema napolitano de Ernesto de Curtis e Giambattista de Curtis (1902), com uma excelente interpretação do solista "José Neves". Apresentaram ainda "Porto na Memória" dos Vozes Trinado, terminando com um tema em estreia: "Índia do Brasil", um tema brasileiro de origem indígena de David Assayag, uma vez mais na voz do solista José Neves. Este último tema foi provavelmente o momento mais alto da atuação da TEUP e um dos melhores momentos da noite.

A última Tuna a concurso a pisar o palco deste XVIII TUIST foi a Scalabituna que iniciou a sua prestação com uma adaptação do tema "Pica dos Sete" de António Zambujo embora com letra alusiva ao próprio TUIST, numa interpretação superior do solista Guilherme "Ídolos" Madeira, recompensada com uma das maior salvas de palmas da noite no Coliseu. Prosseguiram com "Noite de Verão" dos Trovante, seguido de uma homenagem a Fernando Alvim, conhecido como o "braço direito" de Carlos Paredes, falecido no passado mês de Fevereiro, com o tema "Canto de uma Saudade" uma vez mais na voz de Guilherme "Ídolos" Madeira, desta vez no centro do palco acompanhado com guitarra portuguesa e guitarra clássica. O solista de serviço da Scalabituna não se ficaria por aqui ao solar nos dois temas seguintes: "Anda comigo ver os Aviões" dos Azeitonas e "Flagrante" de António Zambujo. Terminaram a atuação com o original "Chuva de Verão".

A noite no Coliseu prosseguiu com a atuação da anfitriã TUIST que apresentou "Esta Lisboa que eu Amo" de Simone de Oilveira/Aníbal Nazaré/Frederico Valério/Fernando de Carvalho, seguido do original "Se um Dia não houver Luar" na voz do solista Nuno Jacinto. Apresentaram ainda o tema "Encanto" na voz do solista "Super"Mário Fernandes.

Procedeu-se de seguida à entrega dos prémios cuja deliberação coube ao júri composto por Luís Sanfins (TUIST), Ana Carabineiro (TFIST), Manuel Rebelo (Coro Gulbenkian), Miguel Monteiro (TUIST - membro fundador) e Luís Jardim (produtor musical):

- Melhor Solista: Scalabituna

- Melhor Pandeireta: EUC

- Melhor Bandeira: TEUP

- Melhor Instrumental: TEUP

- Prémio "Baixa de Lisboa": EUC

- Melhor Claque: LEIC

- Prémio Prof. Ramôa Ribeiro (Tuna mais Tuna): TEUP

- 2ª Melhor Tuna: Scalabituna

- Melhor Tuna: TEUP

Numa noite onde estiveram em especial destaque os diversos solistas das várias Tunas a concurso, de realçar pela positiva o bom ambiente em volta do Festival, o bom desempenho dos apresentadores do Festival, as muito boas condições de iluminação e audiovisuais e ainda as boas condições do som em geral, apesar de pequenas falhas pontuais na mesa, nomeadamente ao não destacar suficientemente alguns solistas.

A festa em si, prosseguiu pela noite dentro no próprio Instituto Superior Técnico.

Um agradecimento especial à TUIST pelas condições proporcionadas para a realização da presente reportagem e parabéns pela organização deste XVIII TUIST.

Vincent Domingos – Colaborador PTunas