VII FITAM, o rescaldo...

06-12-2009

VII FITAM, o rescaldo...
O FITAM deste ano foi precedido, logo na sexta-feira, pelo 1º Encontro de Tunas Académicas de Matosinhos, o ETAM. O encontro teve lugar no auditório da Obra do Padre Grilo em Matosinhos, e contou com a presença da Tuna Académica de Oliveira do Douro, ARTUNA – Tuna da ESAP (Porto), Horizontuna – Tuna Feminina de Matosinhos, K’rica Tuna – Tuna Feminina de Enfermagem de Oliveira de Azeméis e com a Tuna do Distrito Universitário do Porto. O clima era de festa e muita animação antecipando um grande fim-de-semana…

A recepção das tunas participantes no VII FITAM deu-se na C.M. Matosinhos, onde por entre umas belas de umas castanhas assadas e o belo do porco no espeto, para além da bela musiquinha do Sr. José Barbosa foram o mote para um grande convívio entre as várias tunas do FITAM e do ETAM, bem como de todos os amigos da TAIPAM que ali se encontravam.

Já com estômago bem “forrado”, deu-se início às serenatas na escadaria da antiga biblioteca Florbela Espanca. O tempo não colaborou, pelo que algumas tunas tiveram que fazer a sua serenata na C.M. Matosinhos.

A festa continuou noite dentro na Discoteca Bjekas. Depois de umas poucas horas de sono, o acordar foi difícil…ou não!

Depois de um belo repasto o Pasacalles previsto na programação, tornou-se “Passa-atrium” na C.M. Matosinhos, mais uma vez devido à chuva que teimava em não amainar…, seguindo-se da recepção das tunas no salão nobre da C. M. Matosinhos por parte do Vereador da Cultura Dr. Fernando Rocha e pela Dra. Cristina Pacheco, responsável pela Divisão da Juventude.

As tunas seguiram então para o Teatro Constantino Nery, a fim de realizarem o Soundcheck, juntando-se novamente num animado jantar.

Ainda que com o atraso da praxe, deu-se então início à VII edição do Festival de Tunas no IPAM – Cidade de Matosinnhos. Como já é apanágio neste festival, a população de Matosinhos acorreu em peso. A sala estava completamente lotada, salientando-se ainda, as fantásticas condições de luz e som.

A primeira tuna a actuar foi a Dolphituna – Tuna Feminina do IPAM, afilhadas da tuna da casa. Iniciou a sua actuação com a música tradicional “Senhora do Almortão”, seguida de “Senhor Vinho” e “Lendas do rio Douro”, terminando a sua actuação com “Todas as ruas do amor”, dos Flor-de-lis.

A primeira tuna a actuar a concurso foi a Tuna Académica de Biomédicas ICBAS | UP. Com cerca de 28 elementos em palco, iniciaram a sua actuação com uma pequena interpretação instrumental dos Muse, “Knights of Cydonia”seguida de uma música tradicional mirandesa “Chin glin dim” e de uma marcha popular “Cidade do Porto”. Seguiu-se com o seu instrumental, um medley de músicas italianas “Sonho Napolitano”, onde se destacou a prestação dos seus porta-estandartes. Prosseguiu com um original ” Trova” terminando com o seu hino “Memórias de um Tuno”, onde se destacou a prestação das suas pandeiretas.

A segunda tuna a concurso foi a Tuna de la Universidad Autonoma de Madrid. Com cerca de 16 elementos em palco iniciaram a sua actuação com um brinde cantado “Nostras copas” seguido de uma música tradicional do cancioneiro espanhol “Por la calle de Alcalá”. Prosseguiu com uma música tradicional boliviana “Luz de amanecer” e com uma música das Canárias “Isla Mia”. Terminou a sua actuação com o conhecido tema “Amanecer borincano” e com uma música de Porto-Rico “Nochecita Madrilena”.

A terceira tuna a concurso foi a Tuna de Tecnologia da Saúde do Porto. Com cerca de 25 elementos em palco iniciou a sua actuação com uma música Cubana, "Chan Chan" seguida de uma versão do “Movimento perpétuo associativo”, dos Deolinda e do seu instrumental, uma tema judaico “Hava Naguila” onde se destacou a prestação do seu estandarte, seguida de uma adaptação de um tema de Rui Veloso. Prosseguiu com “Madrugada”, onde se destacou a prestação do seu solista e com um tema italiano “Bella ciao”, terminando a sua actuação com um fado “Duas Cidades”.

Depois de um curto intervalo subiu a palco a Tuna Académica do Instituto de Engenharia do Porto. Com cerca de 20 elementos em palco iniciaram a sua actuação com um original “Mulher Tripeira” ode se destacou a prestação dos seus pandeiretas e dos seus porta estandartes, seguido de uma interpretação em jeitos de serenata do tema “Vocês Sabem Lá”. Prosseguiu com o seu instrumental “La Rosa y el Volcan”, uma interpretação do tema “Mãe Negra”, onde se destacou a prestação do seu solista, terminado a sua actuação com o seu conhecido tema “Porto, Vinho e Lugar”.

Por fim, a concurso, esteve o Real Tunel Académico – Tuna Universitária de Viseu. Com cerca de 25 elementos em palco, iniciaram a sua actuação com “Menina da capa preta” seguido do seu original “Rua escura 43”. Prosseguiu com “Viseu, Terra Nobre”, onde se destacou a prestação dos seus pandeiretas, e com o seu instrumental “Trilhos”, destacando-se, e perdoem-me todos os outros, a prestação dos seus cavaquinhos. Seguiu-se com a sua serenata “Serenata a um Anjo”, onde brilhou o seu solista e com “Homenagem a Hilário”, saindo de palco com a já conhecida música das “Borboleta de capa preta e fita azul”.

Para terminar este fantástico espectáculo, subiu a palco a tuna organizadora deste festival - Tuna Académica do IPAM – Cidade de Matosinhos. Com cerca de 30 elementos em palco iniciaram a sua actuação uma conhecida música italiana “Funiculi Funicola” seguida da tradicional “Ai Rapariga”. Em seguida interpretou o tema “Canoas do Tejo” e para terminar, o grande hino à cidade de Matosinhos “Senhor de Matosinhos”, e por fim, já depois da entrega dos prémios e uma enchente de tunos em palco, interpretou "Águas do Dão".


No fim o júri decidiu…

Melhor Solista: Real Tunel Académico - Tuna Universitária de Viseu
Melhor Estandarte : Tuna Académica do ISEP
Melhor Instrumental: Real Tunel Académico - Tuna Universitária de Viseu
Melhor Pandeireta, Prémio "Nuno Amorim": Tuna Académica do ISEP
Melhor Pasacalles: Real Tunel Académico - Tuna Universitária de Viseu

Tuna Mais Tuna: Tuna de la Universidad Autónoma de Madrid

2ª Melhor Tuna: Tuna Académica do ISEP
Grande Prémio VII FITAM: Real Tunel Académico - Tuna Universitária de Viseu


A noite foi longa, continuando noite dentro pela Discoteca Blá Blá.
Sei que me repito constantemente mas, talvez tenha tido sorte… para mim, e cada vez mais, os festivais de tunas não são competições, são um local comum de encontro e reencontro de amigos. O espírito que se sentia era fantástico, cheio de alegria, tradição e espírito académico aliado ao mais nobre espírito tunante.

Muitos parabéns TAIPAM, e claro, até para o ano!